É difícil perceber se o medo que sentimos é algo natural ou é fobia. Qual a diferença entre medo e fobia e como pode afetar o meu dia a dia?
Desde o início da história o medo acompanha nossa mente e se faz presente não apenas como sentimento, mas também como aliado à nossa sobrevivência. Por medo deixamos de assumir riscos desnecessários e evitamos entrar em situações que parecem perigosas. O medo é uma emoção comum e tem como função nos proteger e nos manter em estado de alerta a potenciais perigos, evitando que fiquemos expostos ao que pode causar-nos dano.
Qual a diferença entre medo e fobia?
Ambos podem envolver sintomas difíceis que podem impactar no nosso cotidiano, nos nossos relacionamentos, carreira e outras responsabilidades e metas.
Por definição, medo é o estado afetivo suscitado pela consciência do perigo, temor ou receio. É o sentimento predominante quando somos ameaçados por algo ou alguém, que desperta o receio de sermos feridos física e/ou emocionalmente, ou quando confrontamos algo novo e desconhecido.
Ou seja, o medo consiste em uma resposta imediata a uma ameaça conhecida, externa e bem definida. Ele foi desenvolvido ao longo da história humana, preservando a nossa espécie e nos livrando de situações perigosas.
É muito comum sentir medo, mas esse sentimento geralmente é transitório, ou seja, é um sentimento que vai embora assim que aquilo que nos ameaça vai embora também. Entretanto, há pessoas que possuem medos constantes e desproporcionais à real situação, configurando uma fobia.
Outra característica da fobia é que ela se classifica como um transtorno mental ansioso, que pode chegar ao ponto de incapacitar o indivíduo. Enquanto o medo é uma resposta a algo real, a fobia resulta de uma ameaça interna, vaga, conflituosa ou desconhecida, onde o perigo é exagerado ou imaginado.
Por exemplo, é natural temer um cão bravo rosnando, mas é irracional se sentir aterrorizado com um filhotinho abanando o rabo. Ou seja, os medos tornam-se motivo de preocupação quando se tornam persistentes e interferem no seu cotidiano.
Logo, para que um medo seja considerado uma fobia, este deve ser motivo de angústia extrema, ao ponto de impedir as rotinas e atividades normais do indivíduo. A angústia causada pelo medo é tão intensa que o indivíduo faz o possível para evitar entrar em contato com o objeto de seu medo, e muitas vezes gasta uma enorme quantidade de tempo pensando neste medo e em como evita-lo.
Outro fator muito importante é que geralmente as causas da fobia podem ser decorrentes de traumas da infância, da adolescência e da idade adulta.
A quais sintomas devo estar atento para saber se sofro com alguma fobia?
Fobia é o medo exagerado de algo ou de alguma situação e gera no indivíduo uma sensação de angústia, terror, pânico, ansiedade e perturbação. Os sintomas físicos da fobia podem variar muito, mas fique atento e procure ajuda profissional qualificada se diante de alguma ameaça você sente:
- Medo acentuado e persistente
- Medo irracional
- Medo desproporcional ao perigo verdadeiro
- Medo tão intenso que impede que a pessoa realize as atividades normais
- Ansiedadedor de cabeça
- Pânico
- Inquietação
- Suor excessivo
- Enjoo
- Batimento cardíaco acelerado
- Respiração rápida
- Choro
- Calafrio
- Gritos
- Irritação
- Desmaios
Qual o melhor tratamento para a minha fobia?
A primeira etapa do tratamento é reconhecer os sentimentos que você apresenta e quais são as situações que os desencadeiam, mas medo e fobia são condições complexas que só podem ser diagnosticadas por um profissional qualificado.
A cura para a fobia está ligada à sua causa. Por isso é muito importante procurar a ajuda de um psicólogo, para que juntos vocês possam olhar para o passado e perceber se algum evento traumático pode ter desencadeado a sua fobia. Muitas vezes a ansiedade gerada pela fobia é tão grande que o tratamento medicamentoso junto ao psiquiatra também se faz necessário. Com o tratamento adequado e contínuo é possível vencer a sua fobia e as limitações que ela te traz.
A psicoterapia pode ajudar o paciente de inúmeras maneiras, com o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento, e técnicas para diminuição da ansiedade. Já as técnicas de relaxamento, além de também reduzirem a intensidade do medo, ajudam na gestão do estresse cotidiano.
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