Você sabe a diferença entre o diagnóstico de HIV e AIDS? E quais podem ser os impactos emocionais após a notícia do dianóstico positivo?
A AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) é uma doença crônica causada pelo estágio mais avançado do vírus do HIV (human immunodeficiency virus), que dificulta o sistema imunológico de combater infecções.
Em 1982 foram noticiados os primeiros diagnósticos de casos de infecção por HIV. Ainda não se fala em cura, porém, terapias com coquetéis de remédios (chamados de antirretrovirais – ARVs) estão cada vez mais eficazes.
Quais são as principais formas de contaminação do vírus?
- por relação sexual sem preservativo,
- transfusão de sangue contaminado,
- de mãe para filho durante parto e amamentação e
- compartilhamento de instrumentos como seringas ou alicates sem esterilizar.
Pessoas portadoras do vírus do HIV, com o tratamento adequado, podem NÃO desenvolver a AIDS, tendo uma vida saudável e longa.
Hoje sabemos que existem muitas formas de prevenir e falar a respeito do HIV e da AIDS, diferente de como era lá em 1982.
Hoje existe o tratamento adequado …
e acompanhamentos necessários para a saúde física e emocional de cada paciente, mas ainda sim o diagnóstico pode levar a um estado de humor deprimido. Pensar em questões como por exemplo “como me contaminei”, ou “quem eu posso ter contaminado” são situações que podem trazer ansiedade e muito estresse.
Quais são os aspectos emocionais que envolvem o HIV e AIDS?
O vírus do HIV pode modificar algumas funções do cérebro e do sistema nervoso. Isto pode causar mudanças bruscas nos comportamentos e pensamentos. Os medicamentos para o tratamento também podem trazer efeitos colaterais, que podem intervir diretamente no estado mental dos portadores.
Como o início do tratamento com antirretroviral pode ser cansativo e complicado pelas possíveis reações, seria indispensável que o paciente já iniciasse o processo de terapia também, para que com a ajuda profissional possa voltar a se reconhecer, trabalhando sua autoestima e autoconhecimento, enfrentando os obstáculos físicos e psicológicos que passa a enfrentar pós diagnóstico.
Cabe a nós profissionais da saúde transmitir informações seguras sobre o HIV e AIDS, não só ao paciente mas também para a família ou sua rede de apoio. Mesmo nos dias de hoje, ainda vemos muitas pessoas com medo da contaminação, sem a real informação de como ela acontece.
Infelizmente também não é raro ver a negligência dentro de hospitais (onde o paciente deveria se sentir seguro e protegido), precisamos espalhar informações SEGURAS, VAMOS JUNTOS QUEBRAR ESTE TABU e falar mais sobre a prevenção, tratamento e até mesmo sobre as diferenças entre o vírus HIV e AIDS.
O paciente precisa perceber que o diagnóstico do HIV/AIDS passará a implicar em um novo estilo de vida, e não num estilo para sempre limitador, alguns pacientes inclusive passam grande parte da sua vida sem desenvolver nenhum sintoma da AIDS.
A aceitação da sua nova situação de saúde é muito importante, para assim poder junto ao psicólogo e sua rede de apoio criar e desenvolver estratégias para contornar sua baixa física e emocional, driblar os altos e baixos e não prolongar os sentimentos negativos e sofrimento causado pelo diagnóstico.
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