Você sabe como funciona o sigilo profissional do psicólogo? E como funciona quando há quebra do sigilo? Passaremos todas as informações hoje.
Muitos pacientes, principalmente adolescentes e crianças, chegam no consultório cheios de dúvidas sobre nosso sigilo profissional, como funciona, o que vamos passar para os pais nas possíveis devolutivas e acompanhamentos, por isso acreditamos ser importante falar, de forma resumida, como funciona nosso sigilo profissional e quando existe a “quebra” dele.
Quando trabalhamos com crianças explicamos o que é sigilo e como ele é importante para as nossas sessões. Explicamos também que falaremos com os responsáveis apenas sobre nosso ponto de vista e percepções sobre seu filho, jamais será informado aos pais o que é dito em sessão, é importante deixarmos isto claro desde o começo, pois fará toda a diferença na questão da confiabilidade, segurança e vínculo terapêutico do nosso paciente.
O que diz o código de ética do psicólogo?
Nosso código de ética é muito claro nas questões de confiabilidade e elas devem ser respeitadas pelos profissionais.
Como psicólogos, buscamos ajudar o paciente a se sentir mais confortável possível ao revelar questões mais privativas e particulares, nosso papel é garantir que seja um ambiente seguro para falar sobre o que ele quiser, sem medo de que a conversa saia daquele ambiente, livre de julgamentos.
Nosso Código de Ética apoia os valores da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que afirma que o psicólogo deve pautar suas ações com base em princípios fundamentais, como respeito e promoção da integridade, da liberdade e da igualdade do ser humano.
Ainda segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o psicólogo deve trabalhar pautado na ética, garantindo a promoção da saúde e da qualidade de vida das pessoas e das coletividades, levando em consideração a proteção do paciente, eliminando quaisquer formas de exploração, discriminação, negligência, opressão, violência e crueldade.
Existe algo que possa levar a quebra do sigilo profissional?
Alguns casos específicos podem levar o profissional a quebra do sigilo, compartilhando informações mesmo que o paciente não concorde, mas é importante lembrar que esta quebra de sigilo é vista como DEVER em algumas situações, conforme citado abaixo:
- Quando há suspeita de risco de vida (ideação suicida ou homicida);
- Violência doméstica acontecendo;
- Negligência ou abuso de incapazes;
- Ordem judicial.
Quando é solicitado laudo psicológico, como fica o sigilo profissional?
Assim como as informações em devolutivas aos pais, os laudos solicitados, seja por escolas ou judiciais, nunca irão expor as sessões dos pacientes, mas sim nossa percepção, resultados de testes quando necessário e embasamentos teóricos.
Para maiores informações, você pode acessar no site do Conselho Federal de Psicologia o código de ética completo.
