A psicologia do esporte está em alta, pois estamos em época de Olimpíadas! Depois de ser adiada devido a pandemia, finalmente podemos torcer pelo nosso país, acompanhando a performance de atletas em muitos esportes diferentes.

As olimpíadas foram canceladas apenas 3 vezes em toda a história, antes somente devido a primeira e segunda guerra mundial. Isso pode ilustrar o quanto a pandemia afetou todo o mundo da mesma forma que guerras afetaram.

Se você assistiu algum atleta ou equipe perdendo, muitas vezes o principal motivo apontado por comentaristas ou pelo treinador justificando a falha é uma questão emocional. Mas o que isso quer dizer?

O que é Psicologia do Esporte?

Para nos ajudar a entender vamos buscar referências na psicologia do esporte, que tem como objetivo entender como os fatores psicológicos influenciam o desempenho físico, a saúde mental e o bem-estar de uma pessoa engajada em uma atividade física, seja este individuo um atleta de elite ou apenas faça essa atividade por hobby.

Através de sessões individuais, dinâmicas em grupo ou aplicação de testes psicológicos, o psicólogo do esporte busca compreender como a participação nessas atividades afeta o desenvolvimento emocional do paciente.

Quando falamos de atletas como os que estão participando das olimpíadas de Tóquio, o trabalho do psicólogo é bastante intenso e pode ser decisivo para ganhar uma medalha!

Como funciona a Psicologia do Esporte?

O psicólogo atua traçando o perfil do atleta, entendendo de que forma sua personalidade pode afetar seu desempenho e quais habilidades emocionais devem ser treinadas e melhoradas para a competição. Por exemplo, um atleta pode precisar de ajuda para lidar com a necessidade de aprovação da torcida.

Muitas vezes o psicólogo atua em questões ligadas a vida pessoal do atleta fora da competição, pois quando uma pessoa está emocionalmente envolvida com alguma questão fica muito mais difícil manter o foco e atingir o melhor desempenho possível. Por exemplo, o psicólogo auxilia o atleta com questões familiares para que ele se dedique a competição de uma maneira mais tranquila, sem estar pensando nesses problemas na hora de competir.

O psicólogo do esporte também atua fortemente no clima da equipe e da comissão técnica, garantindo uma interação harmoniosa e saudável entre todos, evitando desentendimentos que possam afetar os resultados.

O profissional cria dinâmicas e treinamentos que analisam e melhoram diferentes habilidades cognitivas e emocionais dos atletas, trabalhando senso de pertencimento, trabalho em equipe, boa tolerância a pressão, tomada de decisões, resiliência diante de perdas, criação de estratégias emocionais para lidar ou abalar o adversário entre muitas outras coisas. O trabalho desse profissional é essencial para o bom desempenho dos times, e certamente ouviremos falar disso durante toda a olimpíada!

Saúde Mental em Foco!

Logo nos primeiros dias de jogos, acompanhamos a desistência de Simone Biles: a ginasta mais aguardada dessas Olimpíadas desistiu de participar da final da competição coletiva. Posteriormente, deixou de lado também a final individual. Mesmo diante da possibilidade de ganhar muitas medalhas, a atleta norte-americana alegou precisar cuidar de sua saúde mental.

Simone Biles nas Olimpíadas de 2016 (Foto: Agência Brasil Fotografias)

Assim que eu piso no tablado, sou só eu e a minha cabeça, lidando com demônios. Tenho que fazer o que é certo para mim e me concentrar na minha saúde mental e não prejudicar minha saúde e meu bem-estar. Há vida além da ginástica

Simone Biles

Ganhadora de 30 medalhas em Olimpíadas e Mundiais, antes dos 25 anos, Simone Biles decidiu que o melhor caminho era respeitar seus limites psicológicos. Para muitos, a “desistência” foi motivo de julgamentos, mas você já parou para pensar que ela não desistiu? Mas sim, olhou para si e respeitou sua saúde mental, seus limites, não deve ter sido nada fácil ela olhar para o mundo e expor suas dores internas.

A espera do mundo por esses jogos era gigantesca. É um alívio que tenhamos as Olimpíadas nesse momento de isolamento e dificuldades de todos os lados. Nessa expectativa, esquecemos que cada atleta é um mundo cheio de histórias, medos, inseguranças e traumas. Ainda mais em um mundo que ainda tenta se recuperar diante de tantas tragédias coletivas e individuais. Todos nós temos que colocar nossa saúde mental em primeiro lugar. Se isso é difícil para você, busque ajuda. Afinal, está tudo bem se você não conseguir sozinho.

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