Você já ouviu falar de distimia? É um transtorno de humor considerado um tipo de depressão e hoje vamos dar mais detalhes.
A distimia é uma forma de depressão crônica de moderada intensidade. É um transtorno que pode aparecer em qualquer momento da vida, mas é mais comum que apareça na adolescência. Muitos adultos e idosos diagnosticados acabam reconhecendo que os sintomas acontecem desde a adolescência. É mais costumeiro que ocorra em pessoas do sexo feminino.
Como a distimia se apresenta?
A pessoa que apresenta o transtorno costuma ter um mau humor constante, baixa auto estima, elevado senso de auto crítica, fadiga, pessimismo e indecisão. Normalmente quem tem distimia é uma pessoa de difícil relacionamento porque está sempre mal humorada, reclamando, insatisfeita, irritada e vendo o lado negativo de tudo. O indivíduo também pode apresentar alterações de apetite, de sono, isolamento e tendência a uso de drogas lícitas, ilícitas e remédios controlados (ansiolíticos). É um transtorno que muitas vezes é confundido com a personalidade da pessoa, sendo vista como alguém “difícil de lidar”. Por este motivo a busca para disganóstico e tratamento é baixa.
Qual a diferença entre depressão comum e a distimia?
A depressão se instala de repente, a distimia não tem essa diferença brusca de humor. Na distimia os sintomas são mais “camuflados” , se confundindo com a personalidade da pessoa. Na depressão as pessoas ao redor conseguem identificar as mudanças de comportamento, na distimia é diferente e quem está em volta acredita que seja apenas aborrecimento do outro. Na depressão a pessoa perde o interesse por coisas que se interessava, na distimia a pessoa faz as atividades, porém com muito mais dificuldade que uma pessoa sem o transtorno. Por último, a duração e a intensidade. Na distimia os sintomas se aprentam de forma crônica, menos graves, porém mais longos que na depressão maior.
Qual a causa e o tratamento para a distimia?
Geralmente, o transtorno pode ser multifatorial, ou seja, pode ser gerado por fatores estressantes durante a infância, traumas, questões sociais, predisposição genética ou biológica. É mais difícil uma pessoa com distimia buscar ajuda, pois facilmente as características do transtorno são confundidas erroneamente com a personalidade da pessoa, já que comumente os sintomas surgem na adolescência e não apresenta as mudanças bruscas que a depressão traz. Entretanto, o diagnóstico pode ser dado por psicólogos e psiquiatras. O tratamento é feito com terapia, para que a pessoa aprenda a lidar com seus sentimentos e entenda o que é de sua personalidade e o que é do transtorno. Muitas vezes é necessário o uso de medicações prescritas devidamente por um psiquiatra, para alívio dos sintomas que a distimia traz. Quem sofre o transtorno não é uma pessoa de personalidade difícil, ela está em sofrimento e precisa de ajuda, não de julgamentos.