Há alguns anos a depressão já é considerada “o mal do século”. Vamos detalhar mais o tema entendendo causas, sintomas, tratamentos, etc.
Depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz muitas alterações do humor, tristeza profunda, pessimismo e baixa auto-estima, sinais que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si.
A depressão pode ser incapacitante, a pessoa deprimida pode paralisar e não conseguir mais seguir com nenhuma atividade do seu dia a dia, e atinge cerca de 300 milhões de pessoas no mundo.
Os quadros depressivos podem variar sua intensidade e duração, e podem ser classificados em diferentes graus: leves, moderados e graves.
Se estou triste significa que tenho depressão?
Diante das adversidades do dia a dia, geralmente as pessoas sofrem, ficam tristes, mas conseguem encontrar formas de superar os obstáculos, já nos quadros da doença, a tristeza não dá trégua, na tristeza comum o indivíduo consegue descrever porque está triste.
No caso da pessoa doente, não consegue distinguir e nomear o porquê da tristeza, simplesmente sente uma tristeza profunda, angustiante, sem motivo aparente.
Tudo que antes era prazeroso, deixa de fazer sentido, já não há mais satisfação, perspectiva, muitas vezes inclusive não há perspectivas de melhora, quem tem depressão pode achar que aquela situação vivenciada é a “normal” e que não há o que fazer para melhorar, a pessoa se torna negativa, sem conseguir ver aquela “luz no fim do túnel”.
Possíveis causas da depressão:
Existem muitos estudos e evidências que comprovam que existem algumas alterações químicas no cérebro da pessoa deprimida, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), que são substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células cerebrais.
Qualquer idade ou gênero está sujeito a ter a doença, desde crianças, a adolescentes, adultos e idosos. Podem existir fatores genéticos envolvidos, bem como algumas doenças podem provocar uma disfunção bioquímica do cérebro causando a depressão.
Apesar desta informação, ter predisposição genética não significa que a pessoa terá a doença, e da mesma forma as pessoas não reagem do mesmo modo diante de fatores que funcionam como gatilho para as crises, como acontecimentos traumáticos na infância, abusos e agressões físicas e psicológicas.
Algumas doenças sistêmicas (como o hipotireoidismo), o consumo excessivo de drogas lícitas e as ilícitas (álcool e cocaína por exemplo), certos tipos de medicamentos (como as anfetaminas), também podem agravar os casos da doença.
E quais os sintomas da depressão?
Além de sentir-se triste constantemente e perder o interesse por atividades cotidianas antes prazerosas, podemos citar alguns sintomas comuns:
• Sono alterado, muito sono ou insônia;
• Perda ou aumento do apetite e do peso;
• Agitação motora ou apatia;
• Baixa energia, fadiga;
• Irritabilidade frequente;
• Culpa excessiva, negatividade, pessimismo constante;
• Dificuldade em se concentrar ou pensar;
• Ideação suicida;
• Autoestima muito baixa;
• Alterações na libido.
Nem todos os sintomas são reconhecidos e associados a depressão, por isso é tão importante buscar ajuda profissional.
Como é feito o diagnóstico de depressão?
O diagnóstico da depressão é clínico, alguns médicos podem desconfiar do diagnóstico com base nos sintomas descritos acima e encaminhar à uma avaliação psicológica e psiquiátrica. Em outras situações, o próprio psicólogo pré-diagnostica e também solicita a avaliação com psiquiatra.
E como é o tratamento da depressão?
O tratamento do problema, principalmente se for uma depressão avaliada como mais severa, deve ser realizado em conjunto entre o psicólogo (com a terapia) e o psiquiatra (para o acompanhamento medicamentoso), nos casos mais leves podemos controlar os sintomas somente com a terapia.
Ainda existem tabus sobre as medicações para depressão, mas ao contrário do que pensam, muitos medicamentos não provocam vício. É essencial o acompanhamento para controle da dosagem da medicação, e nunca se deve parar por conta o remédio indicado pelo psiquiatra, isso pode agravar os sintomas deprimidos da pessoa.